Título: Young woman naked in a tulip blossom, upperbody bent backwards over the edge of the blossom
Fotógrafo: Martin Phoner
Colecção: Royalty-free
Recordo com saudade o estado de alma apaixonada, do voltar ao ser e ao sentir de adolescente, onde tudo se consente desmedido e inconsciente. Do como foi bom quebrar a barreira do som, namorar a lua, as estrelas, os rios e os mares, ir ali para voar, correr à frente ou atrás até cansar, cair, levantar e no fim do dia escolher a hora para poder regressar ao colo do lar, na santa paz do silêncio.
Maria Antonieta de “converseta” com Maria Benedita pede-lhe emprestado um lenço de papel para coçar uma comichão na ponta do nariz…
Benedita, no dia seguinte cruza-se na rua com Maria Carlota e diz;
- Olá Maria, então como vai isso? Estás com um ar sadio, rapariga! Já a nossa querida Antonieta, coitadinha, de tanto espirro tem o nariz pior que o chapéu de um mendigo.
Carlota, amiga dedicada, liga preocupada à Maria Deolinda;
- Olá minha querida, amanhã quero fazer uma visita de cortesia à Antonieta, mas não sei quais são as suas flores preferidas, e não queria ir de mão vazia, sabias que a pobrezinha está com uma gripe de caixão à cova?
- Não, não sabia, mas flores também não são o meu forte, Carlota. Vou procurar saber junto da Estrelícia, e já te devolvo resposta.
Deolinda no seu despacho despacha então com Maria Estrelícia;
- Estrelícia filha, diz-me quais são as flores preferidas da Maria Antonieta.
- Se bem me lembro são orquídeas, mas porquê, a moça vai casar?
- Não, credo! Parece que está internada no hospital com uma pneumonia.
- Nossa Senhora, Jesus, Maria, José, mas é grave?
- Acho que sim, pelo estado de agonia da Carlota, a Maria Antonieta deve estar a um fio de bater a bota...
Já diz o ditado, que quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto…
Resumindo e baralhando!
O melhor mesmo é ser-se prevenido que mal remediado, ou remendado vá.